Eu namoro ~emendadamente~ desde os 17 anos de idade. Dos 17 aos 19-quase-20, namorei um. Dos 20 aos 21, namorei outro. Dos 21 aos 23, namorei o último. Nesses intervalos, tive pouquíssimos meses solteira e só agora, com quase 25 anos, que eu realmente convivi comigo e com minha melhor versão. Estou adorando esse relacionamento e me apaixonar por mim mesma um pouquinho mais, todos os dias.
Acontece que, ontem, vi minha tia (que acho válido ressaltar: é solteira e tem mais de 50 anos) e ela me fez a pergunta que assombra 10 a cada 10 mulheres determinadas, maravilhosas, autossuficientes e, consequentemente solteiras:
– E os namoradinhos?
Nunca tinham me feito essa pergunta em um período de sete anos. Eu não sabia muito bem o peso desse questionamento ou como lidar com expectativas de outras pessoas sobre a minha vida pessoal. Optei pela verdade.
– Ah, tia. Estou focada na minha carreira! – respondi enquanto abria um chocolate.
– Mas tá na hora de pensar em casar, né? Logo passa do ponto hehe
Dei aquele sorriso amarelo e pensei em várias respostas. Pensei em ser fofa e dizer que “não encontrei a pessoa certa, ainda”. Poderia ser iludida e dizer que estava “esperando pela minha alma gêmea”. Poderia ser sincera e dizer que só me interesso por cara idiota e que sou adepta do “antes só do que mal acompanhada”. Poderia ser ainda mais sincera e dizer que “eu não consigo me envolver com os caras incríveis que acabo conhecendo”. Mas decidi ser eu mesma e responder com uma leve dose de sarcasmo. Optei por um pequeno coice-elegante:
– Não tá não, tia. Inclusive, meu propósito de vida é ser como você: solteirassa e vivendo do jeito que quero! To trabalhando nisso, hehe
Eu não preciso dizer que ela mudou de assunto, não é mesmo? 😛
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