Senhoras e senhores, eu sou uma Manic Pixie Dream Girl.
A primeira vez que ouvi falar sobre isso, foi enquanto lia uma crítica sobre Tudo Acontece em Elizabethtown. Esse foi o termo que o crítico usou para descrever Claire, a personagem otimista, fofa e que surge na vida do protagonista que eu esqueci o nome para ajudá-lo. Um dos meus melhores amigos chama isso de “Síndrome de Messias”, mas acho que dizer que sou uma manic pixie dream girl fica mais bonito e condiz mais com esse blog. Não que eu não tenha essa síndrome, também.
Eu sou sempre a pessoa certa na hora errada.
É ironicamente engraçado. Eu sempre apareço para o cara superar alguma coisa – ou para ter um insight sobre si mesmo que, veja só, precisou de mim para que rolasse. Participo de longas conversas, procuro entender seus problemas. Eu me preocupo e faço de tudo pra pessoa entender que ela é alguém importante no mundo. Importante pra mim, principalmente.
E eu não consigo ser diferente.
Eu mergulho –
e às vezes, de cabeça.
Quando eu gosto de alguém, eu quero que essa pessoa fique feliz. E eu tento. Se eu posso fazer algo, por que não? Só que é um pouco cansativo isso ser sempre feito por mim, preciso ser franca. Eu juro que não é egoísmo ou que “eu sou legal porque espero alguma coisa“. Muito pelo contrário. É só que é meio exaustivo ser sempre a personagem bonitinha que contribui para o desenvolvimento da história do homem e só. É irritante ser a pessoa que ensinou coisas óbvias e que contribuiu para sua construção como uma pessoa melhor para que ele, finalmente, pudesse seguir em frente. Sozinho, claro.
Eu até pensei em mudar esse meu comportamento “boazinha demais“, mas, sempre que penso sobre isso, entendo que a errada não sou eu, não. Eu sou humana e sincera demais para vestir uma capa de pessoa que não se importa. Eu me importo bastante e não consigo ser diferente. Não sei brincar de desinteresse se o que eu sentir não condizer com as regras do jogo.
Acho que o problema não é a(s) pessoa(s) com quem me envolvi, também (embora nos momentos de raiva eu os xingue um pouquinho). O problema principal é o tempo – e o meu parece nunca se acertar. Não basta ter química, vontade, disposição e amor se não tem timing.
Como bem disse a Robin em How I Met Your Mother:
timing is a bitch.
E rapaz, eu sou a prova disso.
Que legal… quando comecei a ler pensei no Ted e nas inúmeras vezes que ele era o cara certo na hora errada e vc termina citando a Robin! Talvez não ajude em nada (ok! não ajuda em nada), mas gostaria de ser sua amiga. Pessoas que se importam são tão raras. Bjo.
Esse texto poderia ter sido escrito por mim há uns 3/4 anos, eu era exatamente assim!
Lembro de passar horas conversando com os carinhas, dando os meus melhores conselhos, fazendo-os rir e mostrando que a vida não é uma merda, por mais que ela pareça uma merda as vezes, só pra eles entenderem tudo isso, me agradecerem, continuarem meus amigos (porém nem tanto, afinal já não tinham mais problemas) e seguirem com suas vidas, com seus novos amores. Sempre ficava pensando que, de certa forma, eu os moldava novamente, e era de um jeito que eu gostaria que o meu primeiro amor fosse, sabe? Mas parece que não era exatamente o mesmo para eles.
Acabei encontrando o meu amor pelo Tinder e não houve muito papo entre a gente, afinal a gente se conheceu pelo Tinder (entendedores entenderão). O apego aconteceu sem precisar de muitas palavras, e já estamos há um ano e oito meses juntinhos. Claro, agora conversamos também, rs.
Adorei o post, de verdade! <3
Que linda, Mi! Além de ter uma história fofa, é um case de sucesso do Tinder! hahaha vou até reinstalar o app 😛 hahaha
Obrigada por dividir comigo ♥
Você já lê meu blog, pode considerar-se uma amiga ♥
E são raras mesmo, por isso é importante valorizar as que seguem do nosso lado (:
Obrigada pelo comentário, Barbara
Esse post era tudo que eu precisava ler e ainda tem referência de HIMYM.
Você escreve muito bem <3