Livros de maternidade e o apocalipse

por | mar 24, 2022 | Maternidade | 0 Comentários

Quando descobrimos a gravidez, João e eu fomos em busca de livros sobre maternidade, parentalidade e outros temas que pudessem elucidar algumas das infinitas dúvidas que vieram junto com o resultado positivo. 

Como faziam os incas e os maias, não recorremos à internet e decidimos ir a uma livraria buscar alguns títulos. E o resultado foi assustador. A seção de maternidade é grande, até, mas a variedade de títulos é desesperadora. E não falo sobre quantidade, mas sim sobre a variedade de temas. 

Eu fui em busca de livros sobre “como lidar com seus hormônios enlouquecendo”, “como é o mês a mês da gestação”, “o puerpério” e coisas do tipo. O que encontrei eram livros apocalípticos já prevendo um divórcio, um abandono e coisas do tipo. Sério. Tranquilamente 80% dos livros eram sobre “salvar o casamento depois da gestação”, “como focar no casamento depois do bebê nascer”, “como fazer o marido ajudar”, “como ter uma maternidade com Jesus”, e coisas do tipo. 

Fiquei bem assustada. Dos livros dedicados a esse primeiro momento – o da gravidez -, a grande maioria era sobre o casamento e não sobre os pais. Os poucos que eram sobre mães, eram focados em coisas menos práticas, como religião e discursos motivacionais. Até tinham títulos interessantes para depois dos primeiros anos da criança, mas para esse comecinho… 

Mães e pais, por favor me respondam: o que vocês leram/leem nesse momento? 

Como conseguir identificar o que é válido ou não de leitura, sendo este um segmento tão tendencioso e possivelmente problemático? Como encontrar leitura que fale mais sobre a criança e sobre mim, e não sobre o iminente término da minha relação?

Aceito dicas de todo o coração, porque agora eu acabei de comprar o “O que esperar quando se está esperando” – e veja só, ele me pareceu a melhor opção de leitura para o momento. 

You May Also Like…

Filhos: uma nova chance de conhecer o mundo

Filhos: uma nova chance de conhecer o mundo

Esses dias a Maria estava no colo do João Paulo e sentiu, pela primeira vez na vidinha dela, o vento no seu rosto. O pai teve uma visão melhor desse momento, mas do ângulo que enxerguei, pude ver os olhinhos fechando com o contato da brisa em sua pele e o leve...

0 comentários

Enviar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *