Sinto falta da paixão, daquela que movia montanhas. Que fazia com que eu não me importasse em fazer papel de boba. Aquela paixão burra, que não faz o menor sentido. Faz sentir.
Sinto falta da fome que eu sentia da vida. De ter uma possibilidade diferente em casa esquina. De começar um dia sem saber como ele terminaria. De correr atrás de realizar cada pequeno sonho. Os grandes também.
Sinto falta do brilho no olho, do frio na barriga, das pernas bambas, das mãos geladas e do nervosismo. Sinto falta da descoberta de novos cheiros, de novas combinações favoritas. De descobrir.
Sinto falta dessa sede que parecia ser insaciável. De procurar amor em todos os lugares. E de por vezes enxergar, de fato.
Sinto falta de mim e daquela outra época, ao mesmo tempo que saúdo e amo o meu novo ser. O meu novo viver.
Eu sinto falta. Muita falta. Mesmo que não faça sentido. Sinto.
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